O Basquetebol é um jogo desportivo colectivo
praticado por duas equipas, cujo objetivo é introduzir a bola no cesto da
equipa adversária (marcando pontos) e, simultaneamente, evitar que esta seja
introduzida no próprio cesto, respeitando as regras do jogo.
A equipa
que obtiver mais pontos no fim do jogo vence. Em caso de empate, excepto em
situações especiais, há que realizar um ou vários prolongamentos de cinco
minutos para se encontrar o vencedor.
ESPAÇO
O recinto oficial de jogo é uma superfície
retangular com 28 metros de comprimento (linhas laterais) e 15 metros de
largura (linhas finais). Junto a cada linha final está colocada uma tabela,
onde se fixa o cesto, que se encontra colocado a 3,05 metros do solo.
Fig. 1 – Tabela de Basquetebol
Fig. 2 – Campo de Basquetebol
BOLA
É esférica, de cabedal, borracha ou material
sintético. O peso situa-se entre 567 e 650g e o perímetro deve estar
compreendido entre os 75cm e os 78cm.
Fig. 3 - Bola
NÚMERO DE JOGADORES
Cada equipa é constituída por 5 jogadores
titulares e 7 jogadores suplentes. Cada jogador, conforme a zona do campo e
as funções que ocupa, tem uma designação:
1.base
2.extremo alto
3.extremo alto
4.poste
5.poste
Fig. 4 – Posição dos jogadores em campo
DURAÇÃO DE UMA PARTIDA
Uma partida de basquetebol tem a duração de 40
minutos divididos por 4 períodos de 10 minutos. O cronómetro só avança quando
a bola se encontra em jogo, isto é, sempre que o árbitro interrompe o jogo, o
tempo é parado de imediato. Entre o 1º e o 2º período e entre o 3º e 4º
período existe uma paragem de 2 minutos. A meio do jogo existe um intervalo
de 10 minutos.
EQUIPA DE ARBITRAGEM
A equipa de arbitragem é constituída por 2
árbitros. Existem ainda 3 oficiais de mesa: 1 marcador que regista os pontos
obtidos pelas equipas e as faltas, 1 cronometrista que controla o tempo de
jogo e os descontos de tempo, e 1 operador de 24 segundos.
REGRAS DO JOGO
Início do jogo
O jogo inicia-se com um lançamento de bola ao ar,
realizado pelo árbitro, no círculo central, entre dois jogadores adversários
que, saltando, tentam tocar a bola para os companheiros de equipa.
nota:
- A bola só pode ser tocada depois de atingir o
ponto mais alto;
- Nenhum dos saltadores pode agarrar a bola;
- Os restantes jogadores têm que estar fora
do círculo central.
Pontuação
Os pontos são obtidos através de lançamentos de
campo e de lances livres. Os lançamentos de campo são os que se efectuam no
decorrer normal do jogo e em qualquer parte do campo, enquanto que os lances
livres são executados na linha de lance livre, com o jogo parado.
A bola tem de entrar no cesto pela sua parte
superior, passando através da rede.
nota:
- Lançamento convertido de qualquer local atrás
da linha de 6,25 m – 3 pontos;
- Lançamento convertido de qualquer local à
frente da linha de 6,25 m–2 pontos;
- Lance livre convertido – 1 ponto.
Como se pode jogar a bola
A bola é jogada exclusivamente com as mãos,
podendo ser passada ou driblada em qualquer direcção, excepto do meio campo
ofensivo para o meio campo defensivo.
Não é permitido socar a bola.
Com a bola segura nas mãos, apenas é permitido
realizar dois apoios.
Na acção de drible não é permitido:
1. bater a
bola com as duas mãos simultaneamente.
2. driblar,
controlar a bola com as duas mãos e voltar a driblar.
3. Acompanhar
a bola com a mão, no momento do drible (transporte).
Bola Fora
As linhas que delimitam o campo não fazem parte
deste.
A bola está fora quando:
- toca as linhas laterais, finais ou o solo para
além delas;
- um jogador de posse de bola pisa as linhas
limite do campo.
Faltas
Um jogador não pode agarrar, empurrar, nem
impedir o movimento de um adversário com os braços ou com as pernas.
Quando existe uma falta sobre um jogador que não
está em acto de lançamento, o jogo recomeça com reposição de bola na linha
mais próxima do local de falta, seja na linha lateral ou na final, excepto
directamente atrás da tabela.
Quando existe uma falta cometida sobre um jogador que está em acto de
lançamento:
1.Quando o cesto foi convertido, este é válido, e
o jogador que sofreu a falta tem direito a um lance livre.
2.Quando o cesto não foi convertido, o jogador
que sofreu a falta tem direito a efectuar dois ou três lances livres,
conforme se trate, respectivamente, de uma tentativa de lançamento de dois ou
três pontos.
1) Faltas
Pessoais
É a infracção que um jogador comete sobre um
adversário, contacto pessoal. Verifica-se quando um jogador:
- Faz obstrução, impedindo a progressão de um
adversário que está na posse da bola;
- Segura um adversário, não permitindo a sua
liberdade de movimentos;
- Entra em contacto, com qualquer parte do corpo
(toca, empurra, agarra), impedindo a progressão do jogador adversário com a
bola.
2) Faltas
Técnicas
Um jogador não deve ter atitudes anti-desportivas
ou desprezar as advertências dos árbitros, tais como:
- Dirigir-se desrespeitosamente aos árbitros ou
tocar-lhes, utilizando linguagem ou gestos que possam constituir ofensa;
- Não levantar imediatamente o braço quando lhe é
marcada uma falta pessoal.
Estas faltas dão origem à marcação de 2 lances
livres contra a equipa do jogador faltoso, mais a posse de bola.
3) Faltas anti-desportivas
É a falta cometida por um jogador
deliberadamente, tendo caracter notoriamente anti-desportivo.
nota:
O jogador que cometer cinco faltas pessoais ou
técnicas tem de abandonar o jogo (podendo ser substituído por um
companheiro). Quando uma equipa atinge cinco faltas, pessoais ou técnicas, em
cada período, todas as faltas seguintes dos seus jogadores serão penalizadas
com dois lançamentos livres, executados pela equipa adversária.
Bola Presa
Quando a bola é segura simultaneamente por um
jogador de cada equipa e não se define a sua posse, os árbitros assinalarão
bola presa. O jogo recomeça com bola ao ar no círculo mais próximo do local
onde se verificou bola presa.
Substituições
Qualquer jogador pode ser substituído ou
substituir um companheiro de equipa, em qualquer período do jogo. No entanto,
a substituição só poderá realizar-se quando o jogo estiver interrompido (bola
”morta”) e com conhecimento dos árbitros.
Reposição da bola na linha lateral ou final
O jogador não pode pisar as linhas durante a
reposição da bola. Ao repor a bola pela linha final ou lateral, após violação
ou falta, não pode deslocar-se ao longo desta e dispõe de 5 segundos para
efectuar a reposição. Na reposição pela linha final, após cesto convertido, o
jogador pode movimentar-se sem restrições.
Outras Regras:
1) Lance
Livre
Nenhum jogador pode entrar na área restritiva
antes da bola ter saído da mão do jogador. Se isso eventualmente acontecer e
se o lance livre não tiver sido convertido, este é repetido.
2) Descontos
de Tempo
Durante o jogo, cada treinador tem direito a
solicitar um desconto de tempo, de 1 minuto, em cada período; com excepção do
último período em que tem direito a dois.
3) Regra
dos 3 segundos
Nenhum jogador pode permanecer no interior da
área restritiva mais de 3 segundos quando a sua equipa está na posse de bola
4) Regra dos 5 segundos
É o tempo que um jogador pode manter a posse de
bola sem a movimentar. Esta regra também se aplica na reposição de bola em
campo.
5) Regra dos 10 segundos
A equipa com a posse de bola não pode demorar
mais de 10 segundos a passar da zona de defesa para a zona de ataque, isto é,
a transpor a linha central.
6) Regra dos 24 segundos
Uma equipa com posse de bola dispõe de 24
segundos para lançar ao cesto. Uma vez que o lançamento tenha levado a bola a
tocar no aro ou na tabela, o tempo volta ao zero, tendo essa equipa, caso
tome posse da bola, mais 24 segundos para o ataque.
Habilidades Motoras
PEGA DA BOLA
POSIÇÃO BÁSICA OFENSIVA/ TRIPLA AMEAÇA
PARAGEM A UM TEMPO
Componentes críticas:
- Os pés tocam simultaneamente no solo, ficando
paralelos;
- Pernas flectem garantindo o equilíbrio;
- Posição base fundamental no final da acção.
Erros mais comuns:
- Infracção da regra dos apoios
- Extensão dos M. I.
PARAGEM A DOIS TEMPOS
Componentes críticas:
- Os pés tocam no solo um após o outro;
- Devem estar à largura dos ombros salientando-se
um ligeiro avanço do pé que realizou o segundo apoio;
- Pernas flectidas;
- Posição base fundamental no final da acção.
Erros mais comuns:
- Infracção da regra dos apoios
- Pés demasiado afastados
- Extensão dos M. I.
ROTAÇÃO SOBRE UM PÉ EIXO
PASSE DE PEITO
PASSE PICADO
Componentes críticas:
- Muito semelhante ao passe de peito, tendo em
conta que o alvo inicial é o solo;
- O ressalto da bola terá um objectivo comum ao
do passe de peito, isto é, a mão alvo do colega ou as zonas próximas do
peito.
Erros mais comuns:
- Flexão dos M.S.
- Cotovelos demasiado altos ou demasiado baixos
- O ressalto da bola no chão é demasiado próximo
ou demasiado afastado do jogador que realiza a recepção
- Pés paralelos
- Passe executado a um nível superior do peito
PASSE POR CIMA COM DUAS
MÃOS
PASSE DE OMBRO
RECEPÇÃO DO PASSE
Componentes críticas:
- Olhar dirigido para a bola;
- Movimento ao encontro da bola com os antebraços
em extensão completa;
- Mãos em forma de concha com os dedos bem
afastados;
- Na situação de recepção da bola, os braços
flectem como que absorvendo a energia que a bola possui aquando do passe.
Erros mais comuns:
- Recepção com as palmas das mãos
- M.S. flectidos
- Recepção estática
- Infracção da regra dos apoios
DRIBLE DE PROGRESSÃO
Componentes críticas:
- O que toca na bola e a controla são os dedos;
- Driblar com a mão mais afastada do defensor;
- Bola impulsionada para um ponto do solo em
frente, no sentido do deslocamento;
- Altura do ressalto da bola acima do nível da
cintura;
- Os dedos contactam a bola por cima.
Erros mais comuns:
- Contacto com a bola é feito com a palma da mão
e exageradamente ao lado e atrás da cintura pélvica
- Não há flexão do pulso
- Olhar dirigido para a bola
- Altura do ressalto demasiado alta
DRIBLE DE PROTECÇÃO
Erros mais comuns:
- Contacto com a bola é feito com a palma da mão
e exageradamente ao lado e atrás da cintura pélvica
- Não há flexão do pulso
- Olhar dirigido para a bola
- Altura do ressalto demasiado alta
- M. S. livre relaxado
LANÇAMENTO EM APOIO
LANÇAMENTO NA PASSADA
Componentes críticas:
- O primeiro passo é normalmente mais longo e o
segundo que antecede o salto, é mais curto;
- O primeiro apoio com o pé do lado da mão que
lança, o segundo com o pé contrário;
- A partir do momento em que se realiza o segundo
apoio, deve-se fixar o ponto onde se vai lançar a bola na tabela;
- A trajectória da bola até ao lançamento deverá
ser feita do lado contrário à posição do defesa;
- Bola segura com as duas mãos e junto à zona
peitoral;
- A bola sobe até à posição de lançamento com a
ajuda da perna de balanço (flectida pelo joelho), que proporciona maior
impulsão vertical;
- O movimento das mãos na parte final do
lançamento poderá ser efectuada como no lançamento parado.
Erros mais comuns:
- Corrida em drible de frente para o cesto
- Troca dos apoios
- Não há alinhamento de todos segmentos corporais
- Lançamento com as duas mãos
- M.S. “lançador” em flexão
- Extensão do pulso
- Recepção ao solo à frente do último apoio da
fase de chamada
RESSALTO OFENSIVO
Conquista da bola:
- Realização de “tapinha” (concretização do
ressalto ofensivo ganho, através de lançamento)
- Mão aberta, dedos afastados e semi-rígidos,
para poder controlar a bola;
- Para chegar mais alto, existe a vantagem de
elevar apenas um braço;
- Tocar na bola através de um pequeno movimento
de flexão do pulso.
- Controlo da bola num só tempo com as duas mãos
- Controlo da bola em dois tempos
- Chegar à bola apenas com uma mão, trazendo-a de
seguida para baixo até ela ficar segura com as duas mãos;
- Não trazer a bola para baixo da cintura
(mantê-la ao nível dos ombros);
- Existe vantagem em colocar uma mão por debaixo
da bola para evitar o desarme durante o trajecto descendente.
Erros Mais Comuns:
- Só se preparar para o ressalto, quando a bola
já se encontra em trajectória aérea;
- Não elevar os braços na proximidade da tabela.
POSIÇÃO BÁSICA DEFENSIVA
Componentes Críticas:
Defensor do atacante sem bola:
- Membros inferiores ligeiramente flectidos
(reacção rápida).
- Um apoio ligeiramente avançado em relação ao
outro, ambos apontados para a frente, afastados à largura dos ombros
(equilíbrio e reacção rápida).
- O peso do corpo deve “cair” sobre as pontas dos
pés (os calcanhares não devem fazer força no chão)
- Tronco direito com ligeira inclinação à frente
(equilíbrio).
- Cabeça levantada (equilíbrio e reacção rápida).
Defensor do atacante com bola:
- Um membro superior levantado para impedir o
lançamento, e outro mais baixo para impedir o drible (reacção rápida).
Erros mais comuns:
- Membros inferiores em extensão.
- Apoios muito próximos (pequena base de
sustentação).
- Olhar para o
solo.
- Membros superiores “caídos”.
RESSALTO
DEFENSIVO
Componentes Críticas:
Ganhar Posição
- A partir do lançamento o objectivo dos
defensores é o de ganhar a posição e impedir a penetração dos atacantes;
- Não ficar a olhar para a bola.
Bloquear
- Cada defensor tem que bloquear imediatamente o
atacante respectivo.
Saltar para a bola, agarrá-la
- Agarrar a bola com duas mãos no ponto mais alto
da sua trajectória. No caso de entrar em contacto com a bola, só com uma mão,
trazê-la de imediato para o controlo das duas mãos.
Proteger a bola
- Agarrar a bola com firmeza e protegê-la;
- Não baixar a bola, mantê-la à frente do corpo,
longe do adversário mais próximo.
Primeiro passe
- No momento da queda, quem ganha o ressalto
defensivo tem que estar pronto para realizar o primeiro passe (corpo rodado,
bola protegida, ver o campo).
Erros Mais Comuns:
- Só se prepara para o ressalto, quando a bola já
se encontra em trajectória aérea;
- Não elevar os braços na proximidade da tabela.
Elementos Tácticos
FUNDAMENTOS TÁCTICOS OFENSIVOS
Uma vez recuperada a posse da bola, todos os jogadores reagem para o
desenvolvimento do contra ataque.
Primeiro passe rápido e, se possível, fazendo avançar a bola, (conjugação da
reacção do ressaltador com a do receptor), preenchimento imediato de corredores
laterais bem abertos, movimentação agressiva e penetrante, quer do jogador
com a bola, quer dos restantes (ir para o cesto!).
Finalizar em situação de vantagem e através de lançamentos de elevada
percentagem de conversão, assegurar o ressalto ofensivo!
No desenvolvimento do contra ataque é fundamental ensinar e treinar, quando e
por onde correr, com insistência especial no aproveitamento das vantagens
oferecidas por deficiente recuperação defensiva dos adversários
Fazer contra ataque, pressupõe a recuperação da
posse da bola, o que significa só o podermos desenvolver a partir do momento
dessa recuperação... e não antes... (todos os jogadores participam no
ressalto defensivo, todos lutam pela recuperação da posse da bola).
O Ataque Rápido
No Basquetebol moderno, quando os defensores
recuperam posições e impedem a finalização do contra ataque em vantagem
numérica, os atacantes mantêm a sua agressividade ofensiva, através da
realização de movimentos chamados de “ataque rápido” (entre os 6 e os 8/10
segundos de posse de bola), com o objectivo de surpreender os defensores,
apesar de tudo ainda em fase incipiente de organização defensiva.
O Ataque Rápido, representa então um momento do
ataque, onde decorre uma transição entre a finalização do contra ataque e o
início do ataque de posição, não tendo, logicamente, valor em si mesmo, pois
só faz sentido falar de Ataque Rápido, quando equipas e jogadores pretendem
prolongar a sua intencionalidade de agressividade ofensiva, para além da
realização do contra ataque.
O Ataque de Posição
A nível do Ataque de Posição, teremos de saber
atribuir à posse da bola a importância que lhe cabe, utilizando-a de forma
rentável, ataque a ataque e, disputando o ressalto ofensivo, ou participando
agressivamente na fase de transição ataque/defesa.
Uma vez terminado o Ataque Rápido e,
principalmente eliminado o factor surpresa sobre o adversário, devemos impor
o princípio básico que cada ataque (de Posição) deve preparar cuidadosamente
o lançamento mais eficaz, procurar a percentagem de lançamento mais elevada,
e desenvolver o ataque mais rentável.
Igualmente impõe-se saber atribuir ao ressalto
ofensivo e à recuperação defensiva a importância que encerram em termos de
factor de correcção de um lançamento falhado.
1) Passe e
corte
Após passe que aproxime a bola do cesto
(penetrante), o atacante realiza uma mudança de ritmo e direcção e,
procurando ultrapassar o adversário, corta para o cesto sem perder de vista a
bola, para abrir linha de passe que lhe permita finalizar.
- Corte vertical após passe:
O jogador que executa o passe deverá tentar
cortar pela frente do defesa logo após a saída da bola, com o fim de
procurar, desta maneira, impedir o defesa de realizar o seu objectivo (ou
seja, o colocar-se entre o atacante e a bola).
- Finta e corte após passe:
Quando o defesa reage à movimentação do atacante
surge uma nova situação, que é criada pela correcta reacção defensiva. O
atacante deverá aproveitar o corredor que lhe é deixado livre a caminho do
cesto, explorando essa linha de forma agressiva. Pode para isso executar uma
finta antes de cortar para o cesto.
A escolha da melhor situação vai sempre depender
principalmente do comportamento dos defesas. O atacante tem pois necessidade
e obrigação de lera defesa para explorar sempre a possibilidade
de conquistar uma posição vantajosa.
2) Tripla
ameaça
Quando na posse de bola adopta-se imediatamente a
posição de tripla ameaça (Posição Ofensiva Básica) de modo a desenquadrar o
adversário paralançar (quando se encontra livre de marcação,
perto do cesto), penetrar em drible (quando tem o “caminho
livre”) ou passar para um companheiro (quando este está
melhor colocado), com vista o objectivo do jogo.
3) Enquadramento
Quando o jogador recebe a bola deve imediatamente
enquadrar-se com o cesto após adoptar a posição ofensiva básica.
Quando a sua equipa tem a posse de bola os
jogadores devem deslocar-se abrindo linhas de passe ofensivas, de apoio ou em
direcção ao cesto.
Quando um companheiro dribla na sua direcção, o
jogador deve cortar para o cesto deixando espaço livre para a progressão do
jogador com bola.
3) Espaço
Os jogadores devem fazer uma ocupação racional do
espaço, em largura e em profundidade, evitando jogar a menos de dois metros
dos outros colegas de equipa, em especial do jogador com bola (cinco abertos)
para poderem criar situações de finalização.
Após o lançamento o jogador deve deslocar-se para
o cesto a fim de disputar aposse de bola, no caso de o lançamento não surtir
efeito. É necessário fugir do contacto pretendido pelo defensor e evitar o
bloqueio defensivo.
FUNDAMENTOS TÁCTICOS
DEFENSIVOS
Uma questão importante no que se refere à defesa,
diz respeito ao momento em que se deverá iniciar. Perdida a posse de bola, o
acto de defender deve começar imediatamente.
1) Defesa ao atacante de posse de bola e
em movimento
A pressão
sobre este jogador deve reduzir-lhe o mais possível o seu campo de visão,
deve dificultar-lhe a progressão para o cesto e a realização de passes, e
deve forçá-lo a parar o drible.
Existem alguns aspectos técnico-tácticos fundamentais para a sua
realização:
- Corpo rodado para o lado da linha lateral para
onde se pretende desviar o atacante;
- Pé adiantado, colocado de maneira a evitar uma
possível penetração para esse lado;
- Não tentar roubar a bola;
- Mão à frente da trajectória do atacante,
incomodando o drible e controlando toda a movimentação da bola e do seu
possuidor;
- Salto deslizante à retaguarda sempre que o
atacante tenta o drible de com inversão;
- Nunca permitir a penetração do atacante com
bola pelas linhas laterais e de fundo;
- Atacar a posição de recolha da bola quando o
atacante pára o drible, reduzindo de imediato a distância existente entre o
atacante e o defensor;
2) Defesa ao atacante com bola, que parou
o batimento
Reduzir ao máximo a distância relativa ao
atacante, indo o peito do defensor ao encontro da bola, e nunca procurar
roubar a bola, mas sim, forçar a realização de um mau passe.
3) Defesa ao lançador
Observar as fintas, não saltar antes do
lançamento, atacar a posição da bola com a mão que até ao momento de
lançamento seguiu a sua trajectória, nunca baixar o braço após o lançamento
(esperar a saída da bola para a realização do desarme defensivo).
4) Defesa do atacante sem bola
Ver a bola e o atacante, sem perder a posição de
intercepção da linha de passe; Impedir que o atacante receba o passe,
forçando-o a afastar-se do cesto. Impedir cortes do atacante pela frente e na
direcção da bola.
5) Ajuda defensiva
Ajudar os colegas na defesa sempre que se escapa
com ou sem bola, um atacante defendido por qualquer dos companheiros.
Defesa pressionante (H x H todo o campo)
Não deixar receber a bola na zona central do
campo deve ser uma preocupação a ter. Para isso, após a bola ter sido
recebida dentro do campo, desviar o atacante que a tem em seu poder para a
zona lateral do campo. Uma vez conduzido o atacante com bola para a zona
lateral do campo, forçar o 2x1. O jogador que vai fazer o 2x1 só o deve fazer
se estiver suficientemente perto para o tentar, caso contrário, deverá
permanecer em defesa homem a homem.
Outra preocupação que se deve ter, é a
recuperação defensiva do defensor que foi ultrapassado pela linha da bola,
para uma posição que lhe permita ver simultaneamente a bola e o jogador que
defende.
O atacante que conduz a bola deve ser muito
pressionado, de modo a este ficar numa posição incómoda, e se possível de
costas para o cesto. Um bom momento para o 2x1 é o que coincide com a saída
da bola da mão do atacante em drible, momento esse, que o atacante não
controla a bola. Outro momento oportuno para a realização do 2x1 é o momento
em que o atacante pára o drible.
Na utilização desta defesa não se deve permitir
cortes pela frente, nem idas da bola para a zona central do campo.
Habitualmente estas defesas têm como momentos óptimos para a sua aplicação as
situações de jogo após lance livre convertido, desconto de tempo solicitado
ou qualquer outra paragem de jogo cujo reinicio permita uma correcta posição
inicial dos jogadores.
Ressalto defensivo
Segue-se ao lançamento falhado. O defesa deverá
executar uma rotação pela frente ou por trás consoante o deslocamento do
atacante tentando impedir que este recupere a posse de bola (bloqueio), deve
também tentar ganhar a posse de bola para lançar o ataque da sua equipa.
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